sábado, abril 16

Á procura de um final feliz- III

(...) Acabada de acordar e a minha casa numa alvoraçada matinal, a minha mãe dirige-se a mim com um ar não muito normal logo de manhã e diz:
-Inês, logo a quando sair do emprego vou a uma consulta no hospital e o pai vai comigo se poderes adianta o jantar!
Sem grandes implicâncias disse:
- Tudo bem mãe, mas a consulta é por causa das dores de cabeça?
E a minha mãe já apressada:
- Sim, vou receber os resultados dos exames que fiz.
Nesse mesmo momento despediu-se e saiu para ir para o emprego junto com o meu pai, enquanto que eu me dirigi para a cozinha e fui tomar o meu pequeno descansada porque ainda era cedo. Apesar de ter acordado e confrontada com os dilemas do dia sentia que aquele dia ia ser melhor do que os últimos.
Como já era habitual saí de casa à pressa para apanhar o autocarro, e como também era muito habitual o autocarro estava lotado e quase nem uma mosca cabia...Ao fundo muito bem sentado nos lugares de trás ia o "meu" querido e novo colega de turma que mal me viu fez logo um «sorrizinho» e como eu não queria que aquilo me afecta-se sorri também.
Chegamos a escola já 15min atrasados, batemos a porta e a professora com o seu tom mais simpático:
- São horas?! Já não é a primeira vez que isto acontece e pelos vistos acho que vou ter que comunicar isto a directora de turma.
E o Tiago a tentar desculpar-nos:
- Mas professora...
Esta já com a voz a faltar:
- Nem mas nem meio mas, sentem-se já e vejam se começam a chegar mais cedo.
E ali terminou o assunto, na verdade estava na altura de começar a deixar de chegar atrasada principalmente nas aulas de matemática ao primeiro tempo porque aquela mulher possui-se com os atrasos, mas o melhor tudo é que pela primeira vez achei que o Tiago teve uma boa atitude em desculpar-nos aos dois mas não foi por isso que aquela cara de puto mimado começou a ter outra impressão a meu ver.
As aulas já tinham terminado e sem aulas de tarde tinha combinado com a Susana e as outras minhas amigas  uma tarde no shopping para fazer umas compras. Sempre que marcava-mos algo todas juntas seria de prever algo hilariante, isto, porque passamos a vida numa de comentar toda a gente e a falar de rapazes giros, ou seja, quando nos referia-mos a rapazes giros elas falavam logo do Tiago e aí a conversa tomava outro rumo e aí eu tratava logo de mudar de assunto. 
De regresso a casa e completamente exausta, atirei as compras para cima do sofá , liguei a televisão e lá me deitei até que adormeci e esqueci-me completamente que tinha de fazer o jantar. Os meus pais chegaram perto das 20:30h e ali estava eu sossegada da vida a fazer uma sesta, nisto, o meu pai manda-me um berro:
- Inês, em vez de fazeres o jantar estás a dormir?
Eu muito apática ao que se estava a passar:
- Han? que horas são?
O meu pai no seu limite:
São 20:30h e tu em vez de fazeres o jantar como a tua mãe de pediu estás aqui a dormir.
Nesse instante levantei-me num grande sobressalto e dirigi-me a cozinha para ver o que podia fazer aquela hora mas a minha mãe já lá estava e com um ar melancólico:
- Deixa estar Inês, eu faço o jantar.
Aquele ar da minha mãe estava a deixar-me preocupada, mas mesmo assim, saí da cozinha e vim para o quarto arrumar o que tinha comprado, mas como o meu pai estava na sala cheguei-me ao pé dele para lhe perguntar o que o medico disse:
- Então Pai, a mãe está com um ar tão deprimido o que se passou na consulta?
E o meu pai já mais calmo:
- Não disse nada e foi isso que deixou a tua mãe assim, eles dizem que não sabem o que ela tem e que tem de repetir os resultados para ver se descobrem mas não te preocupes e vê se vais arrumar a «tralha» que deixas-te no sofá.
E assim foi peguei nos sacos e fui para o meu quarto, tirei tudo para fora e andei a experimentar tudo com uma música acompanhar.
Entretanto, o meu pai chamou-me para jantar. Durante o jantar o meu pai estava sempre a tentar desenvolver um assunto de conversa mas a minha mãe não acompanhava, estava muito longe e mal comia e eu olhava para o meu pai mas ele só encolhia os ombros.
Acabamos de jantar e eu disse a minha mãe para se ir deitar e descansar que eu ficava arrumar a cozinha. Já com a cozinha arrumada, fui tomar um banho, vestir o pijama e sentar-me ao computador para fazer umas actualizações na minha rede social e que por acaso tinha um pedido de amizade de um tal de "Tiago Mendonça" e que só por acaso era o novo inquilino da minha turma, mas lá aceitei o pedido.
Como me sentia muito cansada, fui-me deitar e sem ligar a televisão adormeci literalmente (...)

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